quinta-feira, 14 de março de 2013

Educação do Brasil tem melhora "espetacular", afirma ONU

Apesar da estagnação no ranking, ONU afirma que País mudou padrão histórico em muito pouco tempo

O Brasil manteve o 85º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, posto apresentado desde 2007. O índice obtido foi de 0,730, em uma escala que vai de 0 a 1. Com essa nota, o País permanece no grupo de Desenvolvimento Humano Alto.
O IDH é calculado com base em indicadores de renda, educação e longevidade, ou seja, saúde. Os dados revisados para 2011 atribuem ao Brasil o índice 0,728. A Noruega, primeira colocada no ranking, chegou a 0,955.
Entre 1990 e 2012, praticamente todos os países tiveram melhoras em seu IDH. Mas o Brasil aparece em um grupo de 40 nações que, no período, apresentaram desempenho "significativamente superior" ao previsto, dada sua condição em 1990. Na mesma categoria estão China, Índia, Coreia do Sul, Turquia e México, entre outros.

Para os autores do relatório, o que explica a performance superior de alguns países nas últimas duas décadas são fatores como "Estado desenvolvimentista proativo, aproveitamento dos mercados mundiais e inovações em políticas sociais".

Educação e saúde
O desempenho na área social foi o principal impulsionador dos avanços do Brasil: o País teve melhoras mais significativas na educação e na saúde que na renda média de sua população.

De 1990 a 2012, entre os 15 países que mais reduziram seu "déficit de IDH" (distância em relação à pontuação máxima), estão Brasil, Argélia e México, "apesar de sua renda per capita ter crescido, em média, apenas entre 1% e 2% ao ano".

No caso da educação no Brasil, os pesquisadores detectaram uma melhora "espetacular". Citaram o fato de o País ter apresentado, entre 2000 e 2009, o terceiro maior "salto" de pontuação em matemática nos testes do Pisa, programa internacional de avaliação do desempenho de estudantes. Como deflagrador desse avanço, o relatório cita a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), em 1996, que estabeleceu um piso nacional de gastos por aluno e ampliou os investimentos em ensino nas regiões mais pobres do País.

O Brasil também ganhou elogios por ter reduzido a desigualdade entre seus cidadãos, graças "à criação de um programa de redução da pobreza, à extensão da educação e ao aumento do salário mínimo".

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