sábado, 30 de março de 2013

Davim: “Não são os novos secretários que irão mudar o rumo do Governo”


Descrença. Este é o sentimento do senador e presidente estadual do Partido Verde no Rio Grande do Norte, médico Paulo Davim, em relação ao futuro do estado. “Sou tão descrente com mudanças. Não é mudança de nome que vai fazer o governo mudar de rumo. É mudança de postura”, afirmou o senador, ao ser abordado nesta quinta-feira sobre a troca dos secretários de Saúde, Recursos Hídricos e Agricultura.
Na avaliação do pevista, nada vai mudar na administração do estado se não houver compromisso da parte do governo com a melhoria dos setores. “Acho que tanto Domício Arruda quanto Isaú Gerino (ex-secretários de Saúde) tinham capacidade para gerenciar a saúde, assim como os demais secretários (dos demais setores trocados). Então, o problema do governo Rosalba não é nome. É postura. Pode trazer o ministro, mas se não houver compromisso, a coisa não anda”, completou.
Na semana passada, a governadora Rosalba Ciarlini exonerou três secretários estaduais para acomodar indicações avalizadas pelo PMDB do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB. Na prática, a nomeação de Júnior Teixeira (PMDB) para a Agricultura, de Leonardo Rego (DEM) para Recursos Hídricos e de Luis Roberto Fonseca para a Saúde serviu apenas para evitar o rompimento do PMDB com o governo, já que o partido reclamava do desempenho da administração desde o final do ano passado e cobrava mudanças.
Paulo Davim considera que Rosalba precisa priorizar ações e ser mais pragmática na resolução dos problemas administrativos. “O governo precisa priorizar as coisas, ter pragmatismo nas resoluções dos problemas, e não, ficar filosofando, sem objetividade, rodando em círculos. Tem que resolver, não pode ficar discutindo o sexo dos anjos”. O dirigente partidário afirmou ainda que não dá para individualizar um ou outro problema do estado. “É um conjunto de coisas que leva o governo a ficar engessado”.
PV
Como dirigente do PV, Paulo Davim informou que o partido está com “agenda cheia” nas próximas semanas. No dia 6, a legenda vai reunir representantes de diversas cidades da região central. No sábado seguinte, estará em Mossoró. No dia 20, a reunião será em Goianinha. O deputado federal Fernando Gabeira (PV/RJ) confirma presença no estado no dia 10 de maio. “O PV tem um calendário de atividades, com reuniões também no Seridó e Oeste”.
Segundo Paulo Davim, nesses encontros o Partido Verde discutirá a possibilidade de lançar candidatos a todos os cargos nas eleições de 2014. “Vamos apresentar nomes em todos os níveis, a princípio é isso, vamos com nominata”, antecipa, sem apresentar quais os nomes da legenda. “Ainda estamos afunilando essa discussão”, afirmou.

“Governo federal e bancada fizeram a sua parte. Não estou vendo a parte de Rosalba”
No que diz respeito a apoio a Rosalba na área de saúde, Paulo Davim afirma que tanto o governo federal quanto a bancada potiguar no Congresso Nacional estão fazendo a sua parte, destinando recursos para o governo do Rio Grande do Norte. Entretanto, segundo ele, até agora não está se vendo a parte do Estado.
Somente de emendas do próprio Davim, o governo está recebendo recursos da ordem de R$ 13 milhões para a área de Saúde, sendo R$ 5 milhões para o Hospital Walfredo Gurgel e mais R$ 8 milhões para o Hospital da Polícia. “Eu não estou vendo a parte do governo ainda. Rosalba se comprometeu. O governo federal está fazendo a parte dele, a bancada federal está fazendo a parte dela, eu fiz a minha parte, destinando uma emenda de R$ 5 milhões para Walfredo Gurgel, e o dinheiro já chegou, e R$ 8 milhões para o Hospital da Policia, que já chegou. Eu, sozinho, já viabilizei mais de R$ 13 milhões. O governo não pode reclamar que eu não estou ajudando o Estado. Até porque a Saúde tem que ser suprapartidária, o povo não quer saber de que lado é o gestor. Estou aqui para ajudar”, afirmou.
Paulo Davim acredita que, com esses recursos, o governo irá melhorar a situação da prestação do serviço de saúde no Estado, especialmente porque irão resultar na criação de mais de uma centena de leitos hospitalares. “Acho que vai melhorar, o governo vai conseguir concluir o Hospital da Polícia. São 130 leitos e o hospital vai atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A reforma do Hospital João Machado, com esses recursos, termina. Serão leitos de retaguarda. Eu confio que melhore alguma coisa”.
MÉDICOS
Paulo Davim anuncia ainda que no próximo dia 2 de abril, no auditório Petrônio Portela, no Senado, lideranças médicas de todo o Brasil estarão reunidas para discutir os problemas que afetam nacionalmente a categoria. “Teremos caravanas de todos os estados, entre 500 a 600 médicos. Vamos discutir os problemas que estão angustiando a nós, médicos, que são a entrada do médico estrangeiro no Brasil, o aumento de faculdades de medicina no país, a carreira médica e o serviço civil obrigatório. Daí vamos tirar a ‘Carta de Brasília’, e vamos dar encaminhamento”, adiantou.
Fonte: Portal JH

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