domingo, 26 de janeiro de 2014

Escolas públicas iniciam ano com velhos problemas


Mais de 206 mil  estudantes fizeram matrículas nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte até a última sexta-feira (24). O início do ano letivo está previsto para a próxima terça (28), mas conta com ameaças como uma possível greve dos professores. Tanto na rede estadual, como na municipal, escolas passam por reforma para receber os alunos em 2014. Mas em alguns casos, as obras podem acabar atrasando o cronograma.  A Escola Estadual Cônego Monte é um exemplo. As  aulas não vão começar na data estabelecida pela Secretaria Estadual de Educação (SEEC), de acordo com a diretora, irmã Inês Saraiva, a perspectiva é de que os alunos só compareçam na segunda quinzena de fevereiro.
Adriano AbreuObras da Escola Estadual Cônego Monte não serão concluídas antes do início das aulasObras da Escola Estadual Cônego Monte não serão concluídas antes do início das aulas

A escola enfrenta obras de recuperação depois que o teto de duas salas, que atendiam crianças do 1º ao 4º ano do ensino fundamental, desabou no ano passado. “A empresa diz que vai entregar a obra em 20 dias úteis, mas ainda queremos uma vistoria nas outras salas”, conta a diretora. “Estamos colocando crianças aqui. Onde há gente, é preciso ter o maior cuidado possível”, acrescenta. Porém, segundo o Goveno, as aulas começarão na data prevista e  a direção da escola deve providenciar espaço para atender aos alunos.

A Cônego Monte abrange um público de 300 crianças dos primeiros anos do ensino fundamental, em dez turmas abertas. “Foi um susto quando eu soube que o teto caiu. Imagine se tivesse alguém aqui na hora”, fala a autônoma Ana Paula Santos, que é mãe de dois alunos.

OBRAS
Outra escola estadual em reforma é o Ateneu Norte-Riograndense. Uma das instituições mais tradicionais do Estado, que completará 180 anos em março, dispõe de estrutura para atender uma demanda de dois mil alunos. Mesmo com a movimentação de trabalhadores, os estudantes terão aulas esta semana, segundo a diretora Severina Targino.

“Ainda estamos avaliando  a demanda de matrículas. Mas vamos colocar os alunos (cerca de mil) em uma ala, enquanto a outra estiver em reforma”, disse a diretora.

Segundo a assessoria de imprensa da SEEC, poucas escolas estaduais passam por reforma, mas não há levantamento oficial desse número. Do total de 640 escolas, 220 foram reformadas desde o início da gestão, segundo a secretaria.  “Mesmo as escolas em obras vão começar o ano letivo atendendo os alunos em prédios alugados, ou espaços providenciados pelas escolas”, disse o coordenador das Diretorias Regionais de Educação (Direds), Eduardo Colin.

Município
Das 144 escolas e CMEIS da Prefeitura de Natal, quase todos estão em reparos, segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME). São 72 instituições de ensino fundamental e 72 de educação infantil, que ao todo devem receber 54.500 alunos em 2014. A renovação das matrículas acontece até amanhã (27), quando começa a inscrição para novatos. Esta última acontece até o dia 31 e as aulas têm previsão de início para a terça-feira, 4 de fevereiro.

Apenas no bairro Mãe Luiza, a reportagem visitou uma escola e três CMEIS que estão em obras. Segundo as direções, a previsão é que o ano letivo  comece dentro do prazo. Embora a vice-diretora da Escola Antônio Campos, acredite que os trabalhos estejam  atrasados, ela afirma que a empresa responsável prometeu entregar tudo pronto até o dia 30.  

Segundo a SME, as escolas não passavam por reparos havia quatro anos e em 2013, os serviços foram concentrados na segurança dos prédios. Mesmo assim, o retorno deve acontecer mesmo com os estabelecimentos em manutenção.

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