sábado, 3 de agosto de 2013

Casal é preso no Recife acusado de esquema de pirâmide financeira

Priples se dizia empresa de publicidade digital e funcionava desde abril.
Bens foram bloqueados pela justiça e 203 mil pessoas teriam sido vítimas.


Casal de donos da Priples foi preso no Recife (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Henrique e Mirele foram presos no Recife
(Foto: Vitor Tavares / G1)
Foi preso no Recife, na manhã deste sábado (3), o casal de donos da empresa de publicidade digital Priples. Segundo a Polícia Civil, Henrique Maciel Carmo de Lima, de 26 anos, e a companheira dele, Mirele Pacheco de Freitas, de 22 anos, são suspeitos de praticar crimes contra a economia popular e contra a ordem econômica e relações de consumo. Ele é estudante de Ciências da Computação e ela, enfermeira, e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, suspeitos de acumular fortuna em apenas quatro meses, por meio da empresa que criaram e já tinha 203 mil pessoas atraídas pela promessa de ganhar dinheiro fácil. “Eles se diziam uma empresa de publicidade digital, mas atuavam no mercado financeiro, no esquema da pirâmide financeira, prometendo uma rentabilidade de 2% em cima do valor inicial investido pelo cliente, que podia ser de R$ 100 a R$ 10 mil por CPF”, disse o delegado Carlos Couto, responsável pelo caso.
Com o casal, foram apreendidos três carros importados, US$ 300 mil e um quadriciclo motorizado. Além disso, o patrimônio da empresa foi bloqueado, assim como as contas correntes da empresa e dos sócios e o dinheiro deve ser usado, posteriormente, para ressarcir vítimas. "Acreditamos que os valores bloqueados são insuficientes para garantir todos os pagamentos [às vítimas]", explica o delegado Carlos Couto. A prisão ocorreu no apartamento do casal, na Avenida Antônio Falcão, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Inicialmente eles foram levados para prestar depoimento na Delegacia do Ipsep e, no fim da tarde, Henrique foi levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, e Mirele, para a Colônia Penal Feminina, onde ficam à disposição da Justiça - o inquérito deve demorar dez dias para ser concluído.

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