Jair Eloi de Souza
O Piranhas é uma espécie de monge da bondade. Não tem vocação pra ser masoquista (penitente), sua vocação mesmo, é salvar as gentes de um Sertão que vive vez por outra, as estações de provação. Mas quando bate o vento do norte, após a quadra chuvosa, o encriquilhamento das ramas desaparecem e os botões azuis florais derramam a fartura nas mesas dos margeantes do seu limpo. Não exige muito dos seus usuários. Apenas que deixem os seus cílios crescerem, sua visão é de futuro, por isso que mesmo sofrendo, ele caminha em regatos ou submerso sem nem soluçar. Mas, é preciso refletir. O soluço é de quem chora, de quem sofre. Ainda é vida, sofrida, mas é vida. Mas, essa estação, está a um passo de ema, para o canto final, o canto do cisne. " La vie c´est finit". "La mort c´est melancolie".
Criemos juízo. O Rio Piranhas é uma Doce e Brava Canção dos Povos do Cinzento.
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