Fonte: Robson Pires
O Tribuna do Norte destaca que o Rio
Grande do Norte é um Estado de divisas e mares vulneráveis ao tráfico de
drogas. Sem infraestrutura adequada à fiscalização de embarcações e
veículos, em decorrência da falta de barreiras fixas em terra ou nos
portos estaduais, a entrada de entorpecentes no solo potiguar é uma
operação de risco baixo para os experientes traficantes. Nos últimos
anos, o número de apreensões de drogas caiu a índices superiores a 70%,
sem nenhuma explicação técnica da Polícia Federal.
Estrategicamente posicionado na “esquina” do Brasil, no ponto mais
próximo dos continentes europeu e africano, o Rio Grande do Norte é uma
rota potencial para o tráfico internacional de drogas, afirma a Polícia
Federal. Entretanto, não dispõe de uma infraestrutura adequada para a
fiscalização ostensiva de rodovias e hidrovias e o declínio no número de
apreensões de drogas feitas pela Polícia Federal no estado indicam a
fragilidade dos órgãos de segurança nas ações de combate ao tráfico de
entorpecentes. Entre os anos de 2011 e 2012, o total de apreensões de
entorpecentes localmente caiu a índices de 72,83% no caso da cocaína e
zerou, em relação ao LSD.
A Polícia Federal não sabe explicar, tecnicamente, os motivos da
diferença dos números, apontando que nenhum estudo foi elaborado para
identificar os reais motivos desta diminuição. O órgão ressaltou, em
contrapartida, que o Rio Grande do Norte é um estado “muito vulnerável” à
atuação das quadrilhas de tráfico internacional de drogas, que utilizam
a malha aérea e marítima local como modal de escoamento da cocaína, que
é consumida, principalmente, em países europeus. Atualmente, as
argumentações do órgão de segurança federal relacionados à redução do
montante apreendido, são baseadas em “conjecturas e possibilidades”, que
vão desde a mudança de rota do tráfico, migração e/ou prisão dos
traficantes
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