terça-feira, 14 de maio de 2013

POEMA DE JAIR ELOI DE SOUZA

Jair Eloi de Souza*

Parece que essa vida velha,
Namora com o pôr do sol,
Não tem cerca, nem cancela,
Nem corda com laço e nó.

Estrada de uma mão só,
onde caminha a gazela,
assombrada que dá dó,
Com o felino atrás dela.

É rancho de fim de linha,
Maravalha seca e podre,
prenhez de burra maninha,
Notícia que ninguém soube.

Saco seco em dia de feira,
Via que não passa ônibus,
Cavalo que só faz esteira,
Ou trabalho de vagabundo.

Manhã sem canto de galo,
Pôr do sol sem passarada,
Lixo que só passa em ralo,
Homem sem sorte, azarado.

*É Professor de Direito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário