segunda-feira, 27 de maio de 2013

MEU SERTÃO EM LUA CHEIA!...

A noite era noviça, estava de roupa molhada,
À tarde choraram nimbos, onde se via o além,
A lua meio escondida, no silêncio a passarada,
Luz crispada, amarela, carne assada à moquém.

Vozes entoando canção, em espírito a alma voa,
Os sábios e os profetas, em silêncio e solidão,
No fundo da enseada, sós, de abrigo uma canoa,
Regavam lágrimas pedindo, em oferenda o perdão.

A lua também traz uivos, pois, os lobos namorando,
os amantes da floresta, almas penadas, perdidas,
Até os flocos de orvalho, penam no sol enxugando,
Assim a noiva da noite, nasce e faz a despedida.

Brilho de glamour maior, onde sonha os trovadores,
Os amantes não amados, em rima, verso e canção,
Tenda da névoa encantada, onde acalenta amores,
Luz fosca e prateada, Diva: que ilumina o Sertão.
Jair Eloi de Souza

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