Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do
jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate
blackjack online, em 14 de dezembro de 1989, entre os candidatos à
Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de
Mello. Agora, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão
Globo de Qualidade” simula uma “revelação bombástica” para lançar sua
nova obra, “O Livro do Boni”: a Globo manipulou o debate.
Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, transmitida pela
Globo News, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, dá detalhes da noite do
debate, cuja repercussão foi considerada fundamental para a vitória no
segundo turno de Collor de Mello, uma vez que antes do acontecimento os
dois políticos estavam em situação de empate técnico. Boni admitiu que a
emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após
ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente
executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no
evento.
“Nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor
com uma ‘glicerinazinha’ e colocamos as pastas todas que estavam ali com
supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente
vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi
[produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a
parte formal nós é que fizemos”, disse o diretor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário